sábado, 27 de novembro de 2010

Rio, já é fevereiro!


Hoje tive vontade de redigir sobre um assunto que foge do intuito deste blog. O Rio de Janeiro. Em meus pensamentos, algumas teorias conspiradoras e reflexões sobre opiniões de outras pessoas. Já estive no Rio e claramente se observa que existem dois mundos. Eles se misturam e se interagem. Sabemos que a sociedade legal e civilizada é exatamente aquela que mantém o trafico. Sem consumidor e sem dinheiro onde estariam os traficantes?  
Nos principais meios de comunicação o apoio a operação de ocupação dos morros é claro e como medida inicial acho correta, com as devidas precauções. Até aqui podemos colocar um ponto nesta discussão e iniciar com um novo discurso. E as medidas a médio e longo prazo? Instalação de UPPs, investimentos mais assíduos na educação e a reestruturação das favelas. Algumas destas medidas foram tomadas e todas elas não são segredo para ninguém. Nós todos temos idéia do que deve ser feito e podemos ter idéias ainda melhores. Mas por que estas medidas não acontecem e quando acontecem por que a passos de tartaruga?
A resposta esta em nossa cultura e nossa educação. O brasileiro adquire valores “morais” que favorecem a ações que ferem a ética. “Nossos políticos são ladrões!”. “A impunidade reina no país!”. Não é difícil de ouvir estes clichês por ai. O político é um cidadão. Caso ele faça algo antiético não é porque ele agora tem o status de político, mas sim porque este tipo de comportamento já estava embutido em sua pessoa mesmo antes de ser político. Presenciamos atos antiéticos a todo momento de nossas vidas e achamos graça disso. As vezes até damos valor a tais atos. O Brasileiro com seu famoso “jeitinho” e atos imorais promove este comportamento enferrujando o Estado e a sociedade que na hora de punir em praça publica é moral e nos bastidores é putrefata. De cima a abaixo no país estamos contaminados. Políticos, médicos, advogados, donas de casa, estudantes, professores...
Brasileiros, vamos mudar! Janeiro já passou.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

“Dinheiro na mão é vendaval“.

                Logo após receber a vaquinha de todos para o pagamento do aluguel da republica na época de faculdade meu sábio amigo dizia: “É hoje que me acabo!”, balançando nas mãos toda aquela quantia mágica de dinheiro. No fim sua alegria acabava sempre naquela mesma tarde em um fila de banco. Fila apesar de ser entediante e um teste para a paciência é um local de reflexões e pensamentos. Acho que tem o mesmo efeito de você sentar no trono em teu banheiro e filosofar sobre a vida. Pois então, ali na fila ou no ”trono”, você meu caro leitor prestes a depositar o seu salário ou no caso do “trono” outra coisa, nunca pensou sobre o que acontece com teu dinheiro a partir do momento que você o entrega nas mãos da caixa?
                Quando era mais novo achava que o banco tinha um cofre gigantesco igual ao do Tio Patinhas onde era guardado todo o dinheiro. Confesso a vocês que este  pensamento até pouquíssimo tempo reinava em minha cabeça. Para a minha tristeza e talvez para a de alguns também, não existe o místico cofre do tio patinhas em cada banco do mundo. Quando o banco recebe uma quantia de dinheiro, seja como deposito ou qualquer tipo de aplicação a sua prioridade principal é fazer mais dinheiro, multiplicá-lo. E como um banco faz isso? Simples. Após o banco receber teu suado salário uma boa quantia dele será enviada para empréstimos, no qual o banco lucrará sobre teu dinheiro. Outra pequena parte do seu salário vai ser guardada no banco para eventuais saques diários da população. Ainda temos uma outra pequena parte deste dinheiro que é enviada ao Banco Central, como medida de contenção para que o banco não use todo o dinheiro para empréstimos e investimentos. Isto se chama depósito compulsório e serve principalmente para o controle da inflação.
Filosofando sobre essas informações surge uma pergunta. E se todos nós sacarmos ao mesmo tempo nosso dinheiro do banco? O banco com certeza faliria. A quantia total de dinheiro não estaria em poder do banco. Estaria na mão de terceiros em forma de empréstimos e investimentos. É meu amigo, dinheiro na mão do banco realmente é um vendaval!